Esses dois termos são comuns na área de informática, mas trazem algumas dúvidas. Muita gente acha que hacker (a palavra hack foi criada na década de 50 para descrever modificações inteligentes em relés eletrônicos) e cracker (cracking = quebra) significam a mesma coisa. Na verdade, o termo hacker significa alguém que muda alguns programas através de técnicas simples e inteligentes com intuito de melhorar esses programas. Normalmente o hacker é uma pessoa que utiliza dos seus conhecimentos e habilidades para ações positivas enquanto que o cracker é considerada uma pessoa sem ética ou escrúpulos.
Existem diversos relatos de sites que são invadidos diariamente pelos crackers. Na maioria das vezes quando um site é invadido, são colocadas mensagens ofensivas nesses sites com “assinaturas” do cracker que invadiu o sistema. O pentágono e o FBI nos Estados Unidos já foram invadidos por crackers diversas vezes. Os prejuízos são incalculáveis. Ao se invadir um site, o cracker assume um determinado nível de controle desse site que pode ser parcial ou total. Se a invasão for total, com certeza o prejuízo será muito maior.
Muitos hackers são contratados por sites para que descubram vulnerabilidades que crackers poderão utilizar para invadir esses sites.
Acontece também de alguns crackers se tornam hackers após serem pegos e punidos. Tornando mais compensador "passar para o lado do bem" (rsrs).
Mas o que os crackers ganham ao invadir sites e prejudicar a vida de muita gente?
Os crackers ganham poder, fama e dinheiro. Ao roubar contas bancárias, números de cartão de crédito, informações confidenciais, projetos secretos, projetos de produtos que serão lançados no mercado, dados pessoais e outras informações valiosas, o cracker assume o poder e começa a subornar as vítimas, pedindo dinheiro em troca dessas valiosas informações roubadas. Por ter um conhecimento computacional enorme, fica difícil apanhar esses crackers pois eles vão se superando a cada dia.
http://www.infoescola.com/informatica/hackers-e-crackers/
Iai, já sabem distinguir o Hacker e o Cracker?
Hoje, com tantos avanços tecnologicos, se faz muito importante termos este tipo de conhecimento. Afinal de contas estamos vulneraveis a esse tipo de ação...
яαy *.* υfbα
Blog de Raysa Carvalho, Pedagoga em formação!
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Creative Commons - O que é? Como Usar?
Ao construir um vídeo em softwrae livre para a disciplina Educação e Tecnologias Contemporaneas da FACED-UFBA, me deparei com esse novo conceito: Creative Commos. Interessada em saber mais busquei na net algumas informações... Como ainda estou me apropiando deste conhecimento trouxe para vcs algumas informações que econtrei e achei importante para o nosso maior entendimento.
Creative Commos...
O que é?
O Creative Commons é um projeto global, presente em mais de 40 países, que cria um novo modelo de gestão dos direitos autorais. No Brasil, ele é coordenado pela Escola de Direito da Fundação Getulio Vargas no Rio de Janeiro. Ele permite que autores e criadores de conteúdo, como músicos, cineastas, escritores, fotógrafos, blogueiros, jornalistas e outros, possam permitir alguns usos dos seus trabalhos por parte da sociedade. Assim, se eu sou um criador intelectual, e desejo que a minha obra seja livremente circulada pela Internet, posso optar por licenciar o meu trabalho escolhendo alguma das licenças do Creative Commons. Com isso, qualquer pessoa, em qualquer país, vai saber claramente que possui o direito de utilizar a obra, de acordo com a licença escolhida.
Razão do surgimento...
A razão para o surgimento do Creative Commons é o fato de que o direito autoral possui uma estrutura que protege qualquer obra indistintamente, a partir do momento em que a obra é criada. Em outras palavras, qualquer conteúdo encontrado na Internet ou em qualquer outro lugar é protegido pelo direito autoral. Isso significa que qualquer utilização depende da autorização do autor. Muitas vezes isso dificulta uma distribuição mais eficiente das criações intelectuais, ao mesmo tempo em que impede a realização de todo o potencial da Internet. Há autores e criadores intelectuais que não só desejam permitir a livre distribuição da sua obra na Internet, mas podem também querer autorizar que sua obra seja remixada ou sampleada. Esse é o caso, por exemplo, de artistas como o Ministro Gilberto, as bandas Mombojó, Gerador Zero e outras, que disponibilizaram canções para distribuição, remix e sampling, através do Creative Commons.
Como fazer?
Licenciar sua obra pelo Creative Commons é muito fácil. Para isso, basta acessar a página onde estão disponíveis as licenças do projeto (http://creativecommons.org/license/) e responder a duas questões sobre os usos que você deseja autorizar sobre a sua obra. Essas questões consistem em responder ser você deseja:
a) Permitir uso comercial de sua obra?
( ) Sim
( ) Não
b) Permitir modificações em sua obra?
( ) Sim
( ) Sim, contanto que outros compartilhem pela mesma licença
( ) Não
Todas as licenças mantêm os seus direitos autorais sobre a obra, mas possibilitam a outros copiar e distribuir o trabalho, desde que obrigatoriamente atribuam crédito ao autor e respeitem as demais condições que você escolheu.
Assim que você terminar sua escolha, basta clicar no botão ao final da página (“Escolha uma Licença”) que você será redirecionado a outra página que trará o resultado das suas escolhas. De acordo com suas resposta às perguntas acima, o site irá mostrar a licença adequada às suas necessidades. A partir daí, há instruções detalhadas sobre como aplicar a licença à suas obras.
O processo é extremamente simples: em síntese, tudo o que você precisa fazer é aplicar o símbolo “CC - Alguns Direitos Reservados” à sua obra, indicando qual a licença aplicável ao trabalho. Se o trabalho estiver na Internet, basta colocar o símbolo do Creative Commons da respectiva licença no site. Para isso, o próprio site disponbiliza um trecho de código em HTML para ser copiado e colado no site em que está a obra. Uma vez que você coloque o código no seu site, o licenciamento já está valendo. Todas as pessoas que acessarem o seu conteúdo, saberão os termos da licença que você escolheu. O site também traz instruções detalhadas sobre como marcar um arquivo em MP3, um vídeo e outros arquivos. Basta seguir as instruções. Caso sua obra seja um livro, um CD, um DVD ou outra obra “física”, basta inserir na própria obra (capa, contracapa, no próprio CD ou na caixinha) o símbolo do Creative Commons de “Alguns Direitos Reservados”, especificando o nome da licença que aparece no site.
Por Ronaldo Lemos -
http://www.creativecommons.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=42&Itemid=80
Creative Commos...
O que é?
O Creative Commons é um projeto global, presente em mais de 40 países, que cria um novo modelo de gestão dos direitos autorais. No Brasil, ele é coordenado pela Escola de Direito da Fundação Getulio Vargas no Rio de Janeiro. Ele permite que autores e criadores de conteúdo, como músicos, cineastas, escritores, fotógrafos, blogueiros, jornalistas e outros, possam permitir alguns usos dos seus trabalhos por parte da sociedade. Assim, se eu sou um criador intelectual, e desejo que a minha obra seja livremente circulada pela Internet, posso optar por licenciar o meu trabalho escolhendo alguma das licenças do Creative Commons. Com isso, qualquer pessoa, em qualquer país, vai saber claramente que possui o direito de utilizar a obra, de acordo com a licença escolhida.
Razão do surgimento...
A razão para o surgimento do Creative Commons é o fato de que o direito autoral possui uma estrutura que protege qualquer obra indistintamente, a partir do momento em que a obra é criada. Em outras palavras, qualquer conteúdo encontrado na Internet ou em qualquer outro lugar é protegido pelo direito autoral. Isso significa que qualquer utilização depende da autorização do autor. Muitas vezes isso dificulta uma distribuição mais eficiente das criações intelectuais, ao mesmo tempo em que impede a realização de todo o potencial da Internet. Há autores e criadores intelectuais que não só desejam permitir a livre distribuição da sua obra na Internet, mas podem também querer autorizar que sua obra seja remixada ou sampleada. Esse é o caso, por exemplo, de artistas como o Ministro Gilberto, as bandas Mombojó, Gerador Zero e outras, que disponibilizaram canções para distribuição, remix e sampling, através do Creative Commons.
Como fazer?
Licenciar sua obra pelo Creative Commons é muito fácil. Para isso, basta acessar a página onde estão disponíveis as licenças do projeto (http://creativecommons.org/license/) e responder a duas questões sobre os usos que você deseja autorizar sobre a sua obra. Essas questões consistem em responder ser você deseja:
a) Permitir uso comercial de sua obra?
( ) Sim
( ) Não
b) Permitir modificações em sua obra?
( ) Sim
( ) Sim, contanto que outros compartilhem pela mesma licença
( ) Não
Todas as licenças mantêm os seus direitos autorais sobre a obra, mas possibilitam a outros copiar e distribuir o trabalho, desde que obrigatoriamente atribuam crédito ao autor e respeitem as demais condições que você escolheu.
Assim que você terminar sua escolha, basta clicar no botão ao final da página (“Escolha uma Licença”) que você será redirecionado a outra página que trará o resultado das suas escolhas. De acordo com suas resposta às perguntas acima, o site irá mostrar a licença adequada às suas necessidades. A partir daí, há instruções detalhadas sobre como aplicar a licença à suas obras.
O processo é extremamente simples: em síntese, tudo o que você precisa fazer é aplicar o símbolo “CC - Alguns Direitos Reservados” à sua obra, indicando qual a licença aplicável ao trabalho. Se o trabalho estiver na Internet, basta colocar o símbolo do Creative Commons da respectiva licença no site. Para isso, o próprio site disponbiliza um trecho de código em HTML para ser copiado e colado no site em que está a obra. Uma vez que você coloque o código no seu site, o licenciamento já está valendo. Todas as pessoas que acessarem o seu conteúdo, saberão os termos da licença que você escolheu. O site também traz instruções detalhadas sobre como marcar um arquivo em MP3, um vídeo e outros arquivos. Basta seguir as instruções. Caso sua obra seja um livro, um CD, um DVD ou outra obra “física”, basta inserir na própria obra (capa, contracapa, no próprio CD ou na caixinha) o símbolo do Creative Commons de “Alguns Direitos Reservados”, especificando o nome da licença que aparece no site.
Por Ronaldo Lemos -
http://www.creativecommons.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=42&Itemid=80
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Projeto UCA
O Projeto Um Computador Por Aluno (UCA)é um projeto do governo federal e integra as ações para o uso de novas tecnologias da informação e da comunicação (TIC) nas escolas, por meio da distribuição de computadores portáteis aos alunos da rede pública de ensino.
Tem a finalidade de promover a inclusão digital, por meio da distribuição de 1 computador portátil (laptop) para cada estudante e professor de educação básica em escolas públicas. Durante o ano de 2007 foram selecionadas 5 escolas, como experimentos iniciais, em São Paulo, Porto Alegre, Palmas, Piraí e Brasília. Para o ano de 2008 está prevista a compra de 150 mil laptops para projeto piloto em 300 escolas públicas em todos estados-membros. Cada escola terá um número médio de 500 alunos e professores beneficiados. Além dos computadores portáteis serão adquiridas umas séries de outros equipamentos que permitam o acesso à internet. A distribuição será da seguinte forma: 5 escolas estaduais por estado, indicação do Conselho Nacional de Secretários de Educação Estaduais – CONSED, e 2 a 5 escolas municipais, de acordo com o número de alunos, indicadas pela União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação – UNDIME. O projeto será replicado, também, para efeito de avaliação, em 5 cidades cujo número máximo da população educacional pública, professores e alunos, não passe de 3 mil.
Tive a oportunidade de experimentar os netbooks que são utilizados nesse projetos. Temos a péssima mania de acreditar que tudo que vem do governo para a população é de má qualidade, porém não teve uma das colegas que experimentaram junto comigo esses nets que não quisesse um pra levar pra casa! São muiiitooo lindooos! Nossas crianças e adolescnetes merecem... agora não são só os abastados que terão oportunidade de desfrutar dessa nova febre que é os not e netbooks.. sem falar da inclusão digital que entrou literalmente na sala de aula!
Postarei as fotos que eu mesmo tirei deles viu?? Aguardem!
Tem a finalidade de promover a inclusão digital, por meio da distribuição de 1 computador portátil (laptop) para cada estudante e professor de educação básica em escolas públicas. Durante o ano de 2007 foram selecionadas 5 escolas, como experimentos iniciais, em São Paulo, Porto Alegre, Palmas, Piraí e Brasília. Para o ano de 2008 está prevista a compra de 150 mil laptops para projeto piloto em 300 escolas públicas em todos estados-membros. Cada escola terá um número médio de 500 alunos e professores beneficiados. Além dos computadores portáteis serão adquiridas umas séries de outros equipamentos que permitam o acesso à internet. A distribuição será da seguinte forma: 5 escolas estaduais por estado, indicação do Conselho Nacional de Secretários de Educação Estaduais – CONSED, e 2 a 5 escolas municipais, de acordo com o número de alunos, indicadas pela União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação – UNDIME. O projeto será replicado, também, para efeito de avaliação, em 5 cidades cujo número máximo da população educacional pública, professores e alunos, não passe de 3 mil.
Tive a oportunidade de experimentar os netbooks que são utilizados nesse projetos. Temos a péssima mania de acreditar que tudo que vem do governo para a população é de má qualidade, porém não teve uma das colegas que experimentaram junto comigo esses nets que não quisesse um pra levar pra casa! São muiiitooo lindooos! Nossas crianças e adolescnetes merecem... agora não são só os abastados que terão oportunidade de desfrutar dessa nova febre que é os not e netbooks.. sem falar da inclusão digital que entrou literalmente na sala de aula!
Postarei as fotos que eu mesmo tirei deles viu?? Aguardem!
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
O Movimento Social na Cibercultura
"A emergência do ciberespaço é fruto de um verdadeiro movimento social..."
A relação entre o desenvolvimento de tecno-indústrias e fortes correntes culturais ou fenômenos de mentalidade coletiva tem se tornado muitas vezes estreita. Como exemplo o automóvel, o mérito do crescimento acelerado dessa industria não se deve a fabricação, apenas, mas sim ao incentivo midiático de clubes, postos de gasolina, revistas, competições esportivas, Tv, etc. "O automóvel respondeu a uma imensa necessidade de autonomia e de potência individual. Foi investido de fantasmas, emoções, gozos e frustrações.[..]O desejo é motor."
O ciberespaço é uma forma de utilizar as infra-estruturas existentes, por mais imperfeitas e disparatadas que sejam, ele visa um tipo particular de relação entre pessoas. "O correio como infra-estrutura técnica existia havia séculos, mas os europeus da Idade Clássica, ao inventarem a nova prática da correspondência numerosa e normal entre individuos, atribuíram-lhe um âmbito de civilização, investiram-na de um porfundo significado humano."
O movimento social californiano teve como resultado prático o preço dos computadores, no fim dos anos 70, acessível à pessoas físicas. O significado da informática foi totalmente transformado. A informática pessoal não foi decidida, nem prevista por governo ou alguma multinacional, pelo contrário, seu inventor e principal motor foi um movimento social visando a reapropriação em favor dos indivíduos de uma potênca técnica.
O ciberespaço, assim como o oceano, tem muitos rios que o alimentam como: redes independentes de empresas, de associações, de universidades, sem esquecer as mídias clássicas (bibliotecas, museus, jornais, televisão, etc.) e a própria Internet.
A Internet, símbolo e principal florão do ciberespaço, é um dos mais fantásticos exemplos de construção cooperativa internacional, a expressão técnica de um movimento que começou por baixo, constantemente alimentado por uma multiplicidade de iniciativas locais.
O texto traz como "verdadeiro" uso da rede telefônica e do computador pessoal o ciberespaço, como prática de comunicação interativa, recíproca, comunitária e intercomunitário, o ciberexpaço como horizonte do mundo virtual vivo, heterogêneo e intotalizável no qual cada ser humano pode participar e contribuir.
De acorodo com o texto, foram três os principios que orientaram o crescimento inicial do ciberespaço são eles:
1)Interconexão:
Pode-se dizer que uma das pulsões mais fortes na origem do ciberespaço."Os veículos de informações não estariam mais no espaço, mas, por meio de uma espécie de reviravolta, todo o espaço se tornaria um espaço envolvente.[...]A cibercultura aponta para uma civilização da telepresença generalizada.[...]A interconexão tece um universal por contato".
2)Criação de comunidades virtuais:
O desenvolvimento das comunidades virtuais se apoiam na interconexão. São criadas de acordo com afinidades (interesse,conheicmento,projetos, etc.) em um processo de troca, independendo das condições geográficas e das filiações institucionais.
Contrário ao que muitos imaginam, as relações na rede não são "frias"... possuem emoções! Isso não quer dizer que substitua o contato físico direto, mas o complementa!
"O cinema não eliminou o teatro, deslocou-o. As pessoas continuam falando-se após a escrita, mas de outra forma. As cartas de amor não impedem os amantes de se beijarem. As pessoas que se comunicam por telefone são também aquelas que mais se encontram outras pessoas."
O texto traz um termo muito bem colocado sobre as regrinhas de convivência das comunidades virtuais. É a Netiqueta! "A moral implicita da comunidade virtual é em geral a de reciprocidade". Fora disso, a liberdade de expressão é totalmente encorajada, os internautas são opostos a qualquer forma de censura...
"As comunidades virtuais exploram novas fornas de opinião pública"
A respeito de tipos de manipulações e falsas identidades que são tratados na sociedade como um problema, o autor revela que é possível que isso aconteça nas comunidades virtuais assim como em qualquer lugar!
"Uma comunidade virtual não é irreal, imaginária ou ilusória, trata-se simplismente de um coletivo mais ou menos permanente que se organiza por meio do novo correio eletronico mundial".
3)Inteligência Coletiva:
Seria a perspectiva espiritual, a finalidade última da cibercultura. Ela constitui mais um campo de problema do que uma solução. O melhor uso que pode-se fazer do ciberespaço é colocar em sinergia os saberes, as imaginações, as energias espirituais daqueles que estão conectados a ele.
Com a extensão do ciberespaço um bom número de restrições desapareceu e "podemos pensar modos de organização dos grupos humanos, estilos de relações entre os indivíduos e os coletivos radicalmente novos, sem modelos na história e na sociedade animais".
A inteligência coletiva, enfim, seria o modo de realização da humanidade que a rede digital universal felizmente favorece...
A relação entre o desenvolvimento de tecno-indústrias e fortes correntes culturais ou fenômenos de mentalidade coletiva tem se tornado muitas vezes estreita. Como exemplo o automóvel, o mérito do crescimento acelerado dessa industria não se deve a fabricação, apenas, mas sim ao incentivo midiático de clubes, postos de gasolina, revistas, competições esportivas, Tv, etc. "O automóvel respondeu a uma imensa necessidade de autonomia e de potência individual. Foi investido de fantasmas, emoções, gozos e frustrações.[..]O desejo é motor."
O ciberespaço é uma forma de utilizar as infra-estruturas existentes, por mais imperfeitas e disparatadas que sejam, ele visa um tipo particular de relação entre pessoas. "O correio como infra-estrutura técnica existia havia séculos, mas os europeus da Idade Clássica, ao inventarem a nova prática da correspondência numerosa e normal entre individuos, atribuíram-lhe um âmbito de civilização, investiram-na de um porfundo significado humano."
O movimento social californiano teve como resultado prático o preço dos computadores, no fim dos anos 70, acessível à pessoas físicas. O significado da informática foi totalmente transformado. A informática pessoal não foi decidida, nem prevista por governo ou alguma multinacional, pelo contrário, seu inventor e principal motor foi um movimento social visando a reapropriação em favor dos indivíduos de uma potênca técnica.
O ciberespaço, assim como o oceano, tem muitos rios que o alimentam como: redes independentes de empresas, de associações, de universidades, sem esquecer as mídias clássicas (bibliotecas, museus, jornais, televisão, etc.) e a própria Internet.
A Internet, símbolo e principal florão do ciberespaço, é um dos mais fantásticos exemplos de construção cooperativa internacional, a expressão técnica de um movimento que começou por baixo, constantemente alimentado por uma multiplicidade de iniciativas locais.
O texto traz como "verdadeiro" uso da rede telefônica e do computador pessoal o ciberespaço, como prática de comunicação interativa, recíproca, comunitária e intercomunitário, o ciberexpaço como horizonte do mundo virtual vivo, heterogêneo e intotalizável no qual cada ser humano pode participar e contribuir.
De acorodo com o texto, foram três os principios que orientaram o crescimento inicial do ciberespaço são eles:
1)Interconexão:
Pode-se dizer que uma das pulsões mais fortes na origem do ciberespaço."Os veículos de informações não estariam mais no espaço, mas, por meio de uma espécie de reviravolta, todo o espaço se tornaria um espaço envolvente.[...]A cibercultura aponta para uma civilização da telepresença generalizada.[...]A interconexão tece um universal por contato".
2)Criação de comunidades virtuais:
O desenvolvimento das comunidades virtuais se apoiam na interconexão. São criadas de acordo com afinidades (interesse,conheicmento,projetos, etc.) em um processo de troca, independendo das condições geográficas e das filiações institucionais.
Contrário ao que muitos imaginam, as relações na rede não são "frias"... possuem emoções! Isso não quer dizer que substitua o contato físico direto, mas o complementa!
"O cinema não eliminou o teatro, deslocou-o. As pessoas continuam falando-se após a escrita, mas de outra forma. As cartas de amor não impedem os amantes de se beijarem. As pessoas que se comunicam por telefone são também aquelas que mais se encontram outras pessoas."
O texto traz um termo muito bem colocado sobre as regrinhas de convivência das comunidades virtuais. É a Netiqueta! "A moral implicita da comunidade virtual é em geral a de reciprocidade". Fora disso, a liberdade de expressão é totalmente encorajada, os internautas são opostos a qualquer forma de censura...
"As comunidades virtuais exploram novas fornas de opinião pública"
A respeito de tipos de manipulações e falsas identidades que são tratados na sociedade como um problema, o autor revela que é possível que isso aconteça nas comunidades virtuais assim como em qualquer lugar!
"Uma comunidade virtual não é irreal, imaginária ou ilusória, trata-se simplismente de um coletivo mais ou menos permanente que se organiza por meio do novo correio eletronico mundial".
3)Inteligência Coletiva:
Seria a perspectiva espiritual, a finalidade última da cibercultura. Ela constitui mais um campo de problema do que uma solução. O melhor uso que pode-se fazer do ciberespaço é colocar em sinergia os saberes, as imaginações, as energias espirituais daqueles que estão conectados a ele.
Com a extensão do ciberespaço um bom número de restrições desapareceu e "podemos pensar modos de organização dos grupos humanos, estilos de relações entre os indivíduos e os coletivos radicalmente novos, sem modelos na história e na sociedade animais".
A inteligência coletiva, enfim, seria o modo de realização da humanidade que a rede digital universal felizmente favorece...
terça-feira, 7 de setembro de 2010
A práxis pedagógica presente e futura e os conceitos de verdade e realidade frente às crises de conhecimento científico no século XX
"Estamos perante processos de mudança altamente contraditórios e desiguais, variáveis na sua intensidade e até na sua direção"(Santos, 2001:19)
As transformações que estão ocorrendo nas relações e nas formas de organização da sociedade estão relacionadas com as mudanças e avanços científicos e tecnológicos. Nesse contexto a escola se posiciona entre as influências do global e do local; sendo influenciada e também influenciando.
"De acordo com Bohm (1989:143), o pensamento e a ação humana dependem da noção geral de ordem que se tem em um dado momento histórico, em uma dada sociedade". Logo, só ocorrem mudanças na sociedade, ou em qualquer área da vida, quando muda a idéia geral de ordem. Percebe-se essas diferentes ideias de ordem na comparação da cosmovisão da sociedade Medieval, Moderna e Contemporanea.
A cosmovisão medieval é de uma ordem atemporal (eterna) com cada coisa em seu lugar natural.
Na cosmovisão moderna, com inlfuencias hoje, as formas de pensamento e de conceitualização estão relacionadas à linguagem e às tecnologias da escrita.
"A escrita, por separar o conhecedor do conhecido, estabelece condições para o distanciamento e a objetividade, no sentido de um desprendimento individual(Ong. 1998:57)"
A ciência é o modo de conhecimento dominante e a aprendizagem um processo individual. Há um esfacelamento, uma fragmentação e simplificação do todo para que o homem possa manipular e dominar o real; o saber assume assim um caráter instrumental, ou seja, um meio pelo qual o homem manipula as coisas e estabelece o domínio sobre esse real.
Na nova cosmovisão que se confugura frente a essas mudanças, a relação do homem com a natureza é considerada interativa, estando a base do conhecimento no movimento das relações.
O tempo não é mais considerado como uma dimensão externa ao processo e sim como emaranhado dele. O presente se define como aquilo que muda de natureza, o sempre novo, a eternidade da vida. Presente, passado e futuro condensa-se ou contraem-se um no outro.
Passa-se a privilegiar a heterogeneidade e da diferença como forças libertadoras na redefinição do discurso cultural.
A cosmovisão contemporânea tem mostrado que nenhum sistema pode ser visualizado como se fosse autodeterminado, pois este se encontra impregnado pelo viés de quem está enunciando.
-> A Práxis pedagógica
A escola atual trabalha no sentido da reprodução e transmissão do modelo hegemônico, fechado á exterioridade.
a comunicação precária entre o mundo escolar e o mundo fora da escola tem trazido consequências como alto indice de reprovação e ecasão escolar. O convívio não pacífico entre as diferentes noções de ordem levam a escola à crise e a Educação a um processo fechado, formalista.
Os professores não conseguem sair do casulo em que se encontram protegidos e perceber as mudanças que estão ocorrendo no mundo, dentro e fora da escola.
Tendo como base a existência de um conhecimento "verdadeiro" que deve ser transmitido ao aluno, sendo o professor o detentor e controlador dessa verdade; a escola, o modelo pedagógico sujeitam os alunos e professores ao papel de copistas, receptores e reprodutores de conhecimento alheio.
O papel da tecnologia como coloboradora do processo de aprendizagem deve ser vista não apenas como o fazer, mas também como o dizer, o entender, o intencionar o que se faz. A educação deve ser entendida como um espaço para além da escola.
Marques (1996) entende a educação como interlocução de saberes sempre em reconstrução, ou seja, para que haja educação é fundamental que aconteça um diálogo de saberes e essa dinâmica acontece em todos os espaços sociais.
As transformações que estão ocorrendo nas relações e nas formas de organização da sociedade estão relacionadas com as mudanças e avanços científicos e tecnológicos. Nesse contexto a escola se posiciona entre as influências do global e do local; sendo influenciada e também influenciando.
"De acordo com Bohm (1989:143), o pensamento e a ação humana dependem da noção geral de ordem que se tem em um dado momento histórico, em uma dada sociedade". Logo, só ocorrem mudanças na sociedade, ou em qualquer área da vida, quando muda a idéia geral de ordem. Percebe-se essas diferentes ideias de ordem na comparação da cosmovisão da sociedade Medieval, Moderna e Contemporanea.
A cosmovisão medieval é de uma ordem atemporal (eterna) com cada coisa em seu lugar natural.
Na cosmovisão moderna, com inlfuencias hoje, as formas de pensamento e de conceitualização estão relacionadas à linguagem e às tecnologias da escrita.
"A escrita, por separar o conhecedor do conhecido, estabelece condições para o distanciamento e a objetividade, no sentido de um desprendimento individual(Ong. 1998:57)"
A ciência é o modo de conhecimento dominante e a aprendizagem um processo individual. Há um esfacelamento, uma fragmentação e simplificação do todo para que o homem possa manipular e dominar o real; o saber assume assim um caráter instrumental, ou seja, um meio pelo qual o homem manipula as coisas e estabelece o domínio sobre esse real.
Na nova cosmovisão que se confugura frente a essas mudanças, a relação do homem com a natureza é considerada interativa, estando a base do conhecimento no movimento das relações.
O tempo não é mais considerado como uma dimensão externa ao processo e sim como emaranhado dele. O presente se define como aquilo que muda de natureza, o sempre novo, a eternidade da vida. Presente, passado e futuro condensa-se ou contraem-se um no outro.
Passa-se a privilegiar a heterogeneidade e da diferença como forças libertadoras na redefinição do discurso cultural.
A cosmovisão contemporânea tem mostrado que nenhum sistema pode ser visualizado como se fosse autodeterminado, pois este se encontra impregnado pelo viés de quem está enunciando.
A escola atual trabalha no sentido da reprodução e transmissão do modelo hegemônico, fechado á exterioridade.
a comunicação precária entre o mundo escolar e o mundo fora da escola tem trazido consequências como alto indice de reprovação e ecasão escolar. O convívio não pacífico entre as diferentes noções de ordem levam a escola à crise e a Educação a um processo fechado, formalista.
Os professores não conseguem sair do casulo em que se encontram protegidos e perceber as mudanças que estão ocorrendo no mundo, dentro e fora da escola.
Tendo como base a existência de um conhecimento "verdadeiro" que deve ser transmitido ao aluno, sendo o professor o detentor e controlador dessa verdade; a escola, o modelo pedagógico sujeitam os alunos e professores ao papel de copistas, receptores e reprodutores de conhecimento alheio.
O papel da tecnologia como coloboradora do processo de aprendizagem deve ser vista não apenas como o fazer, mas também como o dizer, o entender, o intencionar o que se faz. A educação deve ser entendida como um espaço para além da escola.
Marques (1996) entende a educação como interlocução de saberes sempre em reconstrução, ou seja, para que haja educação é fundamental que aconteça um diálogo de saberes e essa dinâmica acontece em todos os espaços sociais.
Maria Helena Silveira Bonilla
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Educação não é uma coisa fechada - Nelson Pretto
Na edição do Caderno Muito, do jornal A Tarde, do dia 13/06/2010; o educador Nelson Pretto responde a algumas perguntas referentes ao seu campo de pesquisa e ação.
Nelson De Luca Pretto, 55 anos, é professor a 36. É graduado em Geografia e Física. Tornou-se Mestre em educação pela Ufba e doutor em ciências da comunicação pela Usp. Está também envolvido com a Ripe - Rede de Intercambio de Produção Educativa, que incentiva professores e alunos de cinco escolas bainas a produzirem conteúdos "culturais e científicos". Foi por duas vezes diretor da Faced, onde ensina hoje.
Conhecendo já o entrevistado, opitei por analisar cada resposta dada por ele separadamente.
1º Numa época de múltiplos recursos, porque se voltar para o rádio?
O rádio, segundo Pretto, vem resistindo e ganhando um espaço enorme a partir das chamandas tecnologias digitais, de comunicação e informação, porque trabalha com aquilo que o ser humano sempre teve uma grande intimidade, a oralidade.
Na minha opinião todo tipo de recurso é valido quando o objetivo é o avanço, a melhora; principalmente quando se usa de recursos de fácil acesso a maioria e utiliza-se de uma qualidade muito bem destacada na entrevista que é a oralidade, tão valorizada pelos Gregos (Wilson *.*)!
Na entrevista é pontuado o paralelo entre se alfabetizar de maneira oral, e também com o auxilio da Internet. Hoje é fácil achar matérias e comentários criticando a nova geração, principalmente, pelo uso de maneira exagerada das tecnologias, principalmente Internet e Celular. Sou do time que acredita que se deve fazer um trabalho de conscientização sobre o uso adequado dessas tecnologias. Mostrar que é importante e legal além de visitar o Café Mania, ler reportagens sobre política, economia, meio ambiente até fofoca de vez em quando pq não.. rsrsrs! Adiquirir conhecimento, acumular conhecimento para evoluir.
Mas vamos continuar na entrevista....
2ºEm que pés está a Rede de Intercambio de Produção Educativa (Ripe), cuja missão é tranformar professores e alunos em produtores de conhecimento?
Para se situar, algumas informações sobre a Ripe:
3ºO projeto funciona em quais cidades?
Salvador, São Felix e Irecê. A esse questionamento, Pretto abre uma discussão muito importante que revela um dos pontos importantes do projeto, a inserção dos meninos na cibercultura. É igualar as oportunidades de acesso das crianças pobres com as que os filhos de ricos tem em casa. É oferecer o acesso a rádio, vídeos; não ir ao infocentro para aprender a fazer planilha. Aí não adianta, porque é proibido Orkut, a Fazendinha, Skype, tudo...
4º As lan houses acabaram com isso, não?
Essa pergunta se refere a questão da facilitação do acesso a Internet. Pretto diz que, melhorou um pouco, mas o receio é que na tentativa de regulamenter as lan houses, o Congresso venha com propostas caretas. Destaca a falta de integração entre os Ministérios e Secretarias, que prejudicam a educação. Educação não é uma coisa fechada. É importante o universo da educação conversar com o universo da cultura, trabalhar de forma colaborativa. A escola, hoje, funciona com uma lógica mercadológica, oposta a "ética hacker"*. Ou seja, a educação virou mercadoria.
Ao final dessa resposta, Pretto fala uma coisa que me fez refletir. "O dever errado é a melhor forma de aprender". Pooooxa, super massa isso! Aprender com o erro... não viver na escola como um robô, sendo programado a fazer tudo de forma sistematizada e certa! Perfeiiito!
5º A adoção do Enem em substituição ao vestibular não tende a tornar o ensino menos robótico?
A essa questão Pretto destaca a idéia de competição que se instaura nas escolas, e pior nas ideias de professores e alunos. Produtividade, ranking, desempenho... uma loucura! É cada um por si.. e o resto sobra! "Farinha pouca, meu pirão primeiro", discurso de uma sociedade capitalista e competitiva. "Farinha pouca, um pouco para cada um" esse sim é o discurso que deveria circular entre os educadores e educandos!!
6º O senhor falava de rankings. Acha importante a criação do Ideb pelo MEC para medir a qualidade do ensino público?
Ele não é contra a obtenção de dados... mas sim da forma que eles são analisados. Se deve levar em conta as realidades particulares. Trabalhar com a ideia de educações e não educação. Transformar a escola em um espaço de convivência e de enaltecimento das diferenças não uma distribuidora de informação.
7º Como o senhor avalia a gestão Wagner?
Prefiro não comentar sobre política, não vou nem votar esse ano (17 aninhos ainda). Mas ele deu a sua opinião!
8º E essa política da Secretaria de Educação de fechar escolas?
Pretto acha que o professor tem que ser um ativista, uma liderança comunitária. Fala sobre a evasão escolar que tem crescido na medida em que as escolas deveriam estar enchendo.
"Se você consegue articular Cultura, Educação, Ciência e Tecnologia, nós avançamos do ponto de vista de construir uma nação". Mas uma vez me surpreendendo, Pretto fala sobre o discurso tão repetitivo que se faz em torno da tentativa de tirar crianças da marginalidade através de hiphop e capoeira; não somente neh!! "Ele (criança) tem que aprender porque é fundamental para a formação. Se de quebra sair da rua, do crime, do crack, ótimo. Veja, para o menino ir para a ONG, no outro turno ele tem que passar pelo purgatório, que é a escola. Não podia tudo ser escola?" Não preciso comentar mas nd neh??
9º O que faz a Bahia ter índices tão trágicos em educação?
Ao falar sobre educação na Bahia, ele lembra da Escola Parque da década de 60. Nela há "a materialização de uma política de ciência e tecnologia, emprego, cultura, educação, tudo ali".
Cita uma experiência pessoal e aproveita para dar uma "cutucada" nos mal educados de plantão! Ele diz que quando foi conhecer a Escola Parque o vigia falou sobre ela chorando (de emoção); hoje quando vc fala Bom Dia, na maioria das vezes, não é nem correspondido. E concordo com Pretto quando diz não concordar com essa idéia de dizer que esses tipos de atitudes são da cultura baiana (se referindo também a "mania" de ouvir o som do carro nas maiores alturas), não cola! Isso é falta de educação mesmo... E o preocupante é que essa "doença" já se espalhou em todos os lugares, todas as áreas. Pretto encerra essa respota com a narração de um acontecimento que ilustra bem isso: Meu filho emprestado tem uma frase fantástica. A pró dele fazia transporte escolar, levava-o para escola. Ele tinha uns 6 anos e me contou: ' Minha pró estava tomando iogurte e jogou pela janela. Você acredita? Imagine, uma pró!
10º O senhor se candidatou ao reitorado em 2006, foi o segundo mais votado. Não quis tentar novamente?
Pretto nessa resposta comenta sobre sua candidatura e fala um pouco sobre a atual situação da universidade. Prefiro nessa parte só transcrever o que ele disse!
* Não entendi muito sobre a Ética Hacker! Amanhã vou tirar minha dúvida com a professora e posto!
Abraços!
Nelson De Luca Pretto, 55 anos, é professor a 36. É graduado em Geografia e Física. Tornou-se Mestre em educação pela Ufba e doutor em ciências da comunicação pela Usp. Está também envolvido com a Ripe - Rede de Intercambio de Produção Educativa, que incentiva professores e alunos de cinco escolas bainas a produzirem conteúdos "culturais e científicos". Foi por duas vezes diretor da Faced, onde ensina hoje.
Conhecendo já o entrevistado, opitei por analisar cada resposta dada por ele separadamente.
1º Numa época de múltiplos recursos, porque se voltar para o rádio?
O rádio, segundo Pretto, vem resistindo e ganhando um espaço enorme a partir das chamandas tecnologias digitais, de comunicação e informação, porque trabalha com aquilo que o ser humano sempre teve uma grande intimidade, a oralidade.
Na minha opinião todo tipo de recurso é valido quando o objetivo é o avanço, a melhora; principalmente quando se usa de recursos de fácil acesso a maioria e utiliza-se de uma qualidade muito bem destacada na entrevista que é a oralidade, tão valorizada pelos Gregos (Wilson *.*)!
Na entrevista é pontuado o paralelo entre se alfabetizar de maneira oral, e também com o auxilio da Internet. Hoje é fácil achar matérias e comentários criticando a nova geração, principalmente, pelo uso de maneira exagerada das tecnologias, principalmente Internet e Celular. Sou do time que acredita que se deve fazer um trabalho de conscientização sobre o uso adequado dessas tecnologias. Mostrar que é importante e legal além de visitar o Café Mania, ler reportagens sobre política, economia, meio ambiente até fofoca de vez em quando pq não.. rsrsrs! Adiquirir conhecimento, acumular conhecimento para evoluir.
Mas vamos continuar na entrevista....
2ºEm que pés está a Rede de Intercambio de Produção Educativa (Ripe), cuja missão é tranformar professores e alunos em produtores de conhecimento?
Para se situar, algumas informações sobre a Ripe:
- É um projeto de pesquisa em parceria com a Universidade Federal da Paraíba.
- Objetiva a criação de um círculo virtuoso de cultura e conhecimento.
- O diálogo entre os saberes da comunidade, professores e alunos, e o saber estabelecido.
- O projeto funciona a dosi anos, foi encerrado em maio.
3ºO projeto funciona em quais cidades?
Salvador, São Felix e Irecê. A esse questionamento, Pretto abre uma discussão muito importante que revela um dos pontos importantes do projeto, a inserção dos meninos na cibercultura. É igualar as oportunidades de acesso das crianças pobres com as que os filhos de ricos tem em casa. É oferecer o acesso a rádio, vídeos; não ir ao infocentro para aprender a fazer planilha. Aí não adianta, porque é proibido Orkut, a Fazendinha, Skype, tudo...
4º As lan houses acabaram com isso, não?
Essa pergunta se refere a questão da facilitação do acesso a Internet. Pretto diz que, melhorou um pouco, mas o receio é que na tentativa de regulamenter as lan houses, o Congresso venha com propostas caretas. Destaca a falta de integração entre os Ministérios e Secretarias, que prejudicam a educação. Educação não é uma coisa fechada. É importante o universo da educação conversar com o universo da cultura, trabalhar de forma colaborativa. A escola, hoje, funciona com uma lógica mercadológica, oposta a "ética hacker"*. Ou seja, a educação virou mercadoria.
Ao final dessa resposta, Pretto fala uma coisa que me fez refletir. "O dever errado é a melhor forma de aprender". Pooooxa, super massa isso! Aprender com o erro... não viver na escola como um robô, sendo programado a fazer tudo de forma sistematizada e certa! Perfeiiito!
5º A adoção do Enem em substituição ao vestibular não tende a tornar o ensino menos robótico?
A essa questão Pretto destaca a idéia de competição que se instaura nas escolas, e pior nas ideias de professores e alunos. Produtividade, ranking, desempenho... uma loucura! É cada um por si.. e o resto sobra! "Farinha pouca, meu pirão primeiro", discurso de uma sociedade capitalista e competitiva. "Farinha pouca, um pouco para cada um" esse sim é o discurso que deveria circular entre os educadores e educandos!!
6º O senhor falava de rankings. Acha importante a criação do Ideb pelo MEC para medir a qualidade do ensino público?
Ele não é contra a obtenção de dados... mas sim da forma que eles são analisados. Se deve levar em conta as realidades particulares. Trabalhar com a ideia de educações e não educação. Transformar a escola em um espaço de convivência e de enaltecimento das diferenças não uma distribuidora de informação.
7º Como o senhor avalia a gestão Wagner?
Prefiro não comentar sobre política, não vou nem votar esse ano (17 aninhos ainda). Mas ele deu a sua opinião!
8º E essa política da Secretaria de Educação de fechar escolas?
Pretto acha que o professor tem que ser um ativista, uma liderança comunitária. Fala sobre a evasão escolar que tem crescido na medida em que as escolas deveriam estar enchendo.
"Se você consegue articular Cultura, Educação, Ciência e Tecnologia, nós avançamos do ponto de vista de construir uma nação". Mas uma vez me surpreendendo, Pretto fala sobre o discurso tão repetitivo que se faz em torno da tentativa de tirar crianças da marginalidade através de hiphop e capoeira; não somente neh!! "Ele (criança) tem que aprender porque é fundamental para a formação. Se de quebra sair da rua, do crime, do crack, ótimo. Veja, para o menino ir para a ONG, no outro turno ele tem que passar pelo purgatório, que é a escola. Não podia tudo ser escola?" Não preciso comentar mas nd neh??
9º O que faz a Bahia ter índices tão trágicos em educação?
Ao falar sobre educação na Bahia, ele lembra da Escola Parque da década de 60. Nela há "a materialização de uma política de ciência e tecnologia, emprego, cultura, educação, tudo ali".
Cita uma experiência pessoal e aproveita para dar uma "cutucada" nos mal educados de plantão! Ele diz que quando foi conhecer a Escola Parque o vigia falou sobre ela chorando (de emoção); hoje quando vc fala Bom Dia, na maioria das vezes, não é nem correspondido. E concordo com Pretto quando diz não concordar com essa idéia de dizer que esses tipos de atitudes são da cultura baiana (se referindo também a "mania" de ouvir o som do carro nas maiores alturas), não cola! Isso é falta de educação mesmo... E o preocupante é que essa "doença" já se espalhou em todos os lugares, todas as áreas. Pretto encerra essa respota com a narração de um acontecimento que ilustra bem isso: Meu filho emprestado tem uma frase fantástica. A pró dele fazia transporte escolar, levava-o para escola. Ele tinha uns 6 anos e me contou: ' Minha pró estava tomando iogurte e jogou pela janela. Você acredita? Imagine, uma pró!
10º O senhor se candidatou ao reitorado em 2006, foi o segundo mais votado. Não quis tentar novamente?
Pretto nessa resposta comenta sobre sua candidatura e fala um pouco sobre a atual situação da universidade. Prefiro nessa parte só transcrever o que ele disse!
- Não, agente não faz a mesma maluquice uma vez só.
- A universidade hoje vive um produtivismo alucinado.
- Vivemos atrás de financiamento, falamos em 'capacidade de capacitação de recursos'
- Nós estamos pensando pequeno e pensar tem que ser sempre grande. Fazer é que vai ser sempre pequeno, porque as condições não deixam fazer o grande
* Não entendi muito sobre a Ética Hacker! Amanhã vou tirar minha dúvida com a professora e posto!
Abraços!
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